MAIS UMA VITÓRIA
Serena, corajosa, firme. Essas são algumas das características da personalidade de Marina Barbosa Pinto, a nova presidente do ANDES-Sindicato Nacional. Ela personifica aquele ideal guevarista do "Hay que endurecerse sin perder la ternura jámas". Marina, professora da Universidade Federal Fluminense vai dirigir, a partir do dia 17 de junho, uma das mais importantes instituições sindicais do Brasil, que reúne os professores das universidades públicas e particulares, responsável, portanto, pela formação da massa crítica do País.
Sua vitória, com 800 votos de diferença num universo de 22 mil eleitores, leva a corrente "ANDES-AD (Autônoma e Democrática)" a ocupar pela terceira vez consecutiva o Sindicato dos Professores Universitários. A chapa liderada por Marina derrotou o grupo que tem o apoio explícito do Partido dos Trabalhadores e seu aliado o Partido Comunista do Brasil. O apoio é tão ostensivo que na primeira vitória dessa corrente, o atual chefe da Casa Civil da presidência da República, ministro José Dirceu, chegou a dizer que trabalharia para derrotar Roberto Leher, que inaugurou o ciclo do ANDES-AD na direção do sindicato. Leher saiu vitorioso da campanha e elegeu seu sucessor, Luis Carlos Lucas. Os dois, em seus mandatos, sustentaram as mais longas greves ocorridas nas unversidades nos dois últimos anos do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
É uma vitória importante do ponto de vista estratégico para enfrentar o governo de Lula, que tem demonstrado enorme poder de cooptação das lideranças sindicais e muitas destas lideranças, por sua vez, também demonstram um enorme apetite para se entregar à essa prática. É importante porque nos próximos dois anos, os sindicatos brasileiros vão enfrentar duas sérias reformas que estão no horizonte do governo Lula. A trabalhista e a sindical. Nenhuma das duas, pelas propostas até aqui apresentadas, atende os interesses dos trabalhadores. Pelo contrário. Em alguns casos, os projetos que estão sendo discutidos chega a ser um retrocesso que retoma a época pré-Getúlio Vargas. Ou seja, bem mais do que dois passos para trás. São 60 anos de atraso.
Na campanha, a chapa vitriosa já denunciava o processo de "ocupação do Ministério da Educação num espaço de defesa dos interesses dos empresários e das políticas do Banco Mundial", afirmando ainda que o Governo desenvolve "uma grande operação política e ideológica para retirar do ANDES-SN de uma posição de independência e de autonomia".
Entretanto, apesar das tentativas de atrelar o ANDES à estrutura governamental, os professores universitários preferiram apostar na chapa que está pronta a combater as reformas do mais neo-liberal de todos os governos que passaram por Brasília nos últimos dez anos.
Para isso, a nova diretoria do ANDES, só "para manter essa chama", vem estribada numa plataforma que vai lutar por uma política que assegure "dignidade ao trabalho docente", e "revitalize a universidade pública" e, na posse marcada para acontecer durante o 48º conad, os vitoriosos vão levantar novamente a bandeira dizendo que "A esperança está na luta".
Serena, corajosa, firme. Essas são algumas das características da personalidade de Marina Barbosa Pinto, a nova presidente do ANDES-Sindicato Nacional. Ela personifica aquele ideal guevarista do "Hay que endurecerse sin perder la ternura jámas". Marina, professora da Universidade Federal Fluminense vai dirigir, a partir do dia 17 de junho, uma das mais importantes instituições sindicais do Brasil, que reúne os professores das universidades públicas e particulares, responsável, portanto, pela formação da massa crítica do País.
Sua vitória, com 800 votos de diferença num universo de 22 mil eleitores, leva a corrente "ANDES-AD (Autônoma e Democrática)" a ocupar pela terceira vez consecutiva o Sindicato dos Professores Universitários. A chapa liderada por Marina derrotou o grupo que tem o apoio explícito do Partido dos Trabalhadores e seu aliado o Partido Comunista do Brasil. O apoio é tão ostensivo que na primeira vitória dessa corrente, o atual chefe da Casa Civil da presidência da República, ministro José Dirceu, chegou a dizer que trabalharia para derrotar Roberto Leher, que inaugurou o ciclo do ANDES-AD na direção do sindicato. Leher saiu vitorioso da campanha e elegeu seu sucessor, Luis Carlos Lucas. Os dois, em seus mandatos, sustentaram as mais longas greves ocorridas nas unversidades nos dois últimos anos do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
É uma vitória importante do ponto de vista estratégico para enfrentar o governo de Lula, que tem demonstrado enorme poder de cooptação das lideranças sindicais e muitas destas lideranças, por sua vez, também demonstram um enorme apetite para se entregar à essa prática. É importante porque nos próximos dois anos, os sindicatos brasileiros vão enfrentar duas sérias reformas que estão no horizonte do governo Lula. A trabalhista e a sindical. Nenhuma das duas, pelas propostas até aqui apresentadas, atende os interesses dos trabalhadores. Pelo contrário. Em alguns casos, os projetos que estão sendo discutidos chega a ser um retrocesso que retoma a época pré-Getúlio Vargas. Ou seja, bem mais do que dois passos para trás. São 60 anos de atraso.
Na campanha, a chapa vitriosa já denunciava o processo de "ocupação do Ministério da Educação num espaço de defesa dos interesses dos empresários e das políticas do Banco Mundial", afirmando ainda que o Governo desenvolve "uma grande operação política e ideológica para retirar do ANDES-SN de uma posição de independência e de autonomia".
Entretanto, apesar das tentativas de atrelar o ANDES à estrutura governamental, os professores universitários preferiram apostar na chapa que está pronta a combater as reformas do mais neo-liberal de todos os governos que passaram por Brasília nos últimos dez anos.
Para isso, a nova diretoria do ANDES, só "para manter essa chama", vem estribada numa plataforma que vai lutar por uma política que assegure "dignidade ao trabalho docente", e "revitalize a universidade pública" e, na posse marcada para acontecer durante o 48º conad, os vitoriosos vão levantar novamente a bandeira dizendo que "A esperança está na luta".