MAIS CORRUPÇÃO
(Continuação da matéria anterior)
Mário Lima Filho
Em matéria publicada na revista “Veja”, edição 1.847, intitulada “Bando de Gatunos”, são listados os dez maiores corruptos dos últimos vinte anos. Pasmem, caríssimos leitores, não foi citado um brasileiro sequer, o que leva a crer que, os cofres públicos e/ou outras organizações não são tão pirateadas como pensávamos.
Para variar, somente os países pobres são detentores da façanha corrupta. Listarei alguns nomes conhecidos que estão entre os dez mais malfeitores:
Encabeçando a lista está o Presidente Suharto, que por trinta anos comandou a ditadura da Indonésia e durante esse período conseguiu desviar, nada mais, nada menos, que 35 bilhões de dólares; em quinto lugar está o presidente Slobodan Milosevic, que presidiu a Iugoslávia entre 1989/2000 e abocanhou a quantia de 1 bilhão; o nosso vizinho Peru teve listado como contraventor o presidente Alberto Fujimori, que dominou o país por dez anos e é acusado de desviar 600 milhões.
Como não é surpresa, nenhum dos três aqui citados sofreu qualquer punição. Suharto alega está com a saúde debilitada e conseguiu seu alvará de soltura; Milosevic aguarda julgamento por corrupção e pelas atrocidades cometidas durante sua governabilidade, e Alberto Fujimori refugiou-se no Japão.
Talvez nenhum brasileiro fora listado, porque não conseguiram quantificar o somatório das roubalheira.
Entretanto, o Instituto Solidarista publicou por meio do site www.consciência.net /brasil, algumas maracutais cometidas no Brasil na era Collor de Mello, passando por FHC, e o mais recente caso Waldomiro Diniz.
COLLOR DE MELLO 1990/1992)– no seu primeiro dia de governo fora lançado o programa de estabilização chamado Plano Collor, baseado em um enorme confisco monetário, congelamento temporário de preços e salários e reformulação dos índices de correção monetária, O “caçador de marajás” enxuga a máquina estatal, com a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas.
Em 1991, surgem as dificuldades. A inflação não acabou e aumentou a recessão. Circulam suspeitas, que mais tarde transformaram-se em renúncia, de envolvimento de ministros e altos funcionários em uma grande rede de corrupção. Rosane Collor, então dirigente da LBA, foi acusada de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito a seus familiares.
Tudo termina com a entrevista do irmão do Presidente, Pedro Collor, à revista “Veja”, do “esquema PC” de tráfico influência e de irregularidades financeiras organizadas pelo empresário Paulo César Farias, amigo de Collor e caixa de sua campanha eleitoral. O Impeachment põe fim a era Collor de Mello. Como vice-presidente Itamar Franco assume o poder.
Em 1994 Fernando Henrique Cardoso é eleito no novo Presidente. Denúncias de que a camapanha de FHC teria sido custeada por um esquema de caixa-dois não foram comprovadas. Pelo menos 5 milhões não foram declarados na prestação de contas ao TSE.
Assim que assumiu a presidência da república, em 1995, Fernando Henrique decretou a extinção da Comissão Especial de Investigação, composta por representantes da sociedade civil, com o objetivo de combater a corrupção. Em 2001, FHC em uma operação inteligente, criou a Contraladoria-Geral da União, que apagou o fogo de ameaça da criação de uma CPI da corrupção.
Em 1995 é quebrado o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos; 1997 o instituto da reeleição foi comprado por FHC. Dois deputados do estado do Acre foram expulsos dos seus partidos por receberem R$ 200 mil para votarem a favor do projeto da reeleição.
1998 chega a vez do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce serem privatizadas sob suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de FHC e José Serra, não conseguiu se defender das acusações de pedir propinas para beneficiar grupos interessados na programa da privatização.
Em 2001 Fernando Henrique fechou três acordos com o FMI. Nesses acordos foram transferidas parte da administração pública federal e o resultado foi o arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social e a explosão da criminalidade.
Foram tantas as marcas da corrupção que, se eu fosse mencionar extrapolaria o espaço cedido por esse informativo. Mas, demarcarei aqui os atos sem, contudo, explicá-los.
1995. O inesquecível Proer; 1996. Engavetamento da Cpi dos Bancos, Modificação na lei de Patentes; 1998. Grampos instalados no BNDES; 1999. O caso Marka/FonteCindam; 2000. O fiasco da festa dos 500 anos, mudanças na CLT e a explosão da dívida pública; 2001. O acordo da Base de Alcântara, no Maranhão, o Racionamento de Energia, explosão da violência.
Segundo o Human Development Report 2001 (ONU), Em desenvolvimento humano o Brasil ficou na 69ª posição.
Então, senhores leitores, fiquemos atentos e ocupemos nossos postos de vigias que nos é dado por lei e por nós mesmos.
(Continuação da matéria anterior)
Mário Lima Filho
Em matéria publicada na revista “Veja”, edição 1.847, intitulada “Bando de Gatunos”, são listados os dez maiores corruptos dos últimos vinte anos. Pasmem, caríssimos leitores, não foi citado um brasileiro sequer, o que leva a crer que, os cofres públicos e/ou outras organizações não são tão pirateadas como pensávamos.
Para variar, somente os países pobres são detentores da façanha corrupta. Listarei alguns nomes conhecidos que estão entre os dez mais malfeitores:
Encabeçando a lista está o Presidente Suharto, que por trinta anos comandou a ditadura da Indonésia e durante esse período conseguiu desviar, nada mais, nada menos, que 35 bilhões de dólares; em quinto lugar está o presidente Slobodan Milosevic, que presidiu a Iugoslávia entre 1989/2000 e abocanhou a quantia de 1 bilhão; o nosso vizinho Peru teve listado como contraventor o presidente Alberto Fujimori, que dominou o país por dez anos e é acusado de desviar 600 milhões.
Como não é surpresa, nenhum dos três aqui citados sofreu qualquer punição. Suharto alega está com a saúde debilitada e conseguiu seu alvará de soltura; Milosevic aguarda julgamento por corrupção e pelas atrocidades cometidas durante sua governabilidade, e Alberto Fujimori refugiou-se no Japão.
Talvez nenhum brasileiro fora listado, porque não conseguiram quantificar o somatório das roubalheira.
Entretanto, o Instituto Solidarista publicou por meio do site www.consciência.net /brasil, algumas maracutais cometidas no Brasil na era Collor de Mello, passando por FHC, e o mais recente caso Waldomiro Diniz.
COLLOR DE MELLO 1990/1992)– no seu primeiro dia de governo fora lançado o programa de estabilização chamado Plano Collor, baseado em um enorme confisco monetário, congelamento temporário de preços e salários e reformulação dos índices de correção monetária, O “caçador de marajás” enxuga a máquina estatal, com a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas.
Em 1991, surgem as dificuldades. A inflação não acabou e aumentou a recessão. Circulam suspeitas, que mais tarde transformaram-se em renúncia, de envolvimento de ministros e altos funcionários em uma grande rede de corrupção. Rosane Collor, então dirigente da LBA, foi acusada de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito a seus familiares.
Tudo termina com a entrevista do irmão do Presidente, Pedro Collor, à revista “Veja”, do “esquema PC” de tráfico influência e de irregularidades financeiras organizadas pelo empresário Paulo César Farias, amigo de Collor e caixa de sua campanha eleitoral. O Impeachment põe fim a era Collor de Mello. Como vice-presidente Itamar Franco assume o poder.
Em 1994 Fernando Henrique Cardoso é eleito no novo Presidente. Denúncias de que a camapanha de FHC teria sido custeada por um esquema de caixa-dois não foram comprovadas. Pelo menos 5 milhões não foram declarados na prestação de contas ao TSE.
Assim que assumiu a presidência da república, em 1995, Fernando Henrique decretou a extinção da Comissão Especial de Investigação, composta por representantes da sociedade civil, com o objetivo de combater a corrupção. Em 2001, FHC em uma operação inteligente, criou a Contraladoria-Geral da União, que apagou o fogo de ameaça da criação de uma CPI da corrupção.
Em 1995 é quebrado o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos; 1997 o instituto da reeleição foi comprado por FHC. Dois deputados do estado do Acre foram expulsos dos seus partidos por receberem R$ 200 mil para votarem a favor do projeto da reeleição.
1998 chega a vez do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce serem privatizadas sob suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de FHC e José Serra, não conseguiu se defender das acusações de pedir propinas para beneficiar grupos interessados na programa da privatização.
Em 2001 Fernando Henrique fechou três acordos com o FMI. Nesses acordos foram transferidas parte da administração pública federal e o resultado foi o arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social e a explosão da criminalidade.
Foram tantas as marcas da corrupção que, se eu fosse mencionar extrapolaria o espaço cedido por esse informativo. Mas, demarcarei aqui os atos sem, contudo, explicá-los.
1995. O inesquecível Proer; 1996. Engavetamento da Cpi dos Bancos, Modificação na lei de Patentes; 1998. Grampos instalados no BNDES; 1999. O caso Marka/FonteCindam; 2000. O fiasco da festa dos 500 anos, mudanças na CLT e a explosão da dívida pública; 2001. O acordo da Base de Alcântara, no Maranhão, o Racionamento de Energia, explosão da violência.
Segundo o Human Development Report 2001 (ONU), Em desenvolvimento humano o Brasil ficou na 69ª posição.
Então, senhores leitores, fiquemos atentos e ocupemos nossos postos de vigias que nos é dado por lei e por nós mesmos.
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