TRABALHADORES LIBERTADOS
Mais um político envolvido com a prática de trabalho escravo em suas terras. Dessa vez não vem dos chamados “grotões” de miséria do Nordeste e sim de uma das mais ricas regiões do país: o eixo Rio-São Paulo. O dono da fazenda é o conhecido deputado estadual Noel de Carvalho (PMDB), que, na juventude, época do regime militar, chegou a integrar a luta de defesa dos direitos humanos.
A base política de Noel de Carvalho é em Rezende, próspero município do Rio de Janeiro, e foi lá, no hotel-fazenda Três Pinheiros, de propriedade do deputado, que a Delegacia Regional do Trabalho libertou sete pessoas mantidas em regime de trabalho “análogo a escravo”. Esse regime de trabalho, de acordo com a lei, significa que os trabalhadores estavam distantes de seu local de origem, vigiadas para não escapar e sem receber salário porque o transporte para a fazenda e a alimentação eram descontados dos míseres salários que lhes são oferecidos. É o sistema conhecido pelo nome de “barracão”. Para não fugirem, esses trabalhadores são vigiados dia e noite por homens armados.
No caso da fazenda do deputado Noel de Carvalho, os trabalhadores foram recrutados na favela de Paraisópolis, em São Paulo e levados para trabalhar na derrubada de árvores. Cinco desses trabalhadores, apesar da vigilância, conseguiram escapar e deram queixa na 89ª delegacia de polícia de Rezende. O caso agora está no Judiciário e o deputado vai responder processo. Caso seja condenado, deve pagar cerca de dois milhões de reais para os trabalhadores a título de indenização e danos morais.
Em dois meses, é a segunda denúncia contra parlamentares envolvidos na prática de trabalho escravo. Há um mes foi o deputado federal Inocêncio Oliveira (do PFL de Pernambuco), condenado pela Justiça Trabalhista de Barra do Corda, no Maranhão, por manter trabalhadores em condições de escravo em uma fazenda no município de Gonçalves Dias. Agora foi a vez do deputado Noel de Carvalho.
Enquanto isso, na Câmara Federal caminha a passos de tartaruga o projeto de lei do deputado Paulo Rocha (PT do Pará) que prevê a desapropriação de fazendas onde se verifique trabalho escravo. Aprovada, a lei não apenas liberaria terras para a Reforma Agrária mas, principalmente, funcionaria como inibidor para a ignominiosa prática de manter trabalhadores em condições análogas a escravos.
Mais um político envolvido com a prática de trabalho escravo em suas terras. Dessa vez não vem dos chamados “grotões” de miséria do Nordeste e sim de uma das mais ricas regiões do país: o eixo Rio-São Paulo. O dono da fazenda é o conhecido deputado estadual Noel de Carvalho (PMDB), que, na juventude, época do regime militar, chegou a integrar a luta de defesa dos direitos humanos.
A base política de Noel de Carvalho é em Rezende, próspero município do Rio de Janeiro, e foi lá, no hotel-fazenda Três Pinheiros, de propriedade do deputado, que a Delegacia Regional do Trabalho libertou sete pessoas mantidas em regime de trabalho “análogo a escravo”. Esse regime de trabalho, de acordo com a lei, significa que os trabalhadores estavam distantes de seu local de origem, vigiadas para não escapar e sem receber salário porque o transporte para a fazenda e a alimentação eram descontados dos míseres salários que lhes são oferecidos. É o sistema conhecido pelo nome de “barracão”. Para não fugirem, esses trabalhadores são vigiados dia e noite por homens armados.
No caso da fazenda do deputado Noel de Carvalho, os trabalhadores foram recrutados na favela de Paraisópolis, em São Paulo e levados para trabalhar na derrubada de árvores. Cinco desses trabalhadores, apesar da vigilância, conseguiram escapar e deram queixa na 89ª delegacia de polícia de Rezende. O caso agora está no Judiciário e o deputado vai responder processo. Caso seja condenado, deve pagar cerca de dois milhões de reais para os trabalhadores a título de indenização e danos morais.
Em dois meses, é a segunda denúncia contra parlamentares envolvidos na prática de trabalho escravo. Há um mes foi o deputado federal Inocêncio Oliveira (do PFL de Pernambuco), condenado pela Justiça Trabalhista de Barra do Corda, no Maranhão, por manter trabalhadores em condições de escravo em uma fazenda no município de Gonçalves Dias. Agora foi a vez do deputado Noel de Carvalho.
Enquanto isso, na Câmara Federal caminha a passos de tartaruga o projeto de lei do deputado Paulo Rocha (PT do Pará) que prevê a desapropriação de fazendas onde se verifique trabalho escravo. Aprovada, a lei não apenas liberaria terras para a Reforma Agrária mas, principalmente, funcionaria como inibidor para a ignominiosa prática de manter trabalhadores em condições análogas a escravos.
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